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É Hora de Trocar as V​á​lvulas

by Telecoteco

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1.
Fantástico 05:33
Mais uma história de vida pra se apreciar Mais um desastre aéreo espetacular Tantos rebeldes nas ruas desorganizando esse meu lugar Sorte que a ordem vigora quando a tropa chegar Rostos desaparecidos por fim esquecidos de tanto penar Belas receitas e dicas pra semana vingar Não vá se confundir a tela tem sempre razão Fantástico é ver seu sorriso na televisão Uma visita famosa pra emocionar Uma viagem da Nasa ao Sistema Solar Várias escutas compravam que o deputado roubou pra ganhar Enquanto o povo coitado já cansou de esperar Todos os gols da rodada passada e nada da TV passar Um bom menu de dietas pra vida melhorar
2.
Guiomar 05:21
Guiomar Fica assim tão magoada não Nosso rádio eu vou consertar É só nós trocar as válvulas Que a vida volta ao normal Que horas são? O comércio já vai encerrar Nem se eu fosse um magnata  Voando de avião, não ia dar Hoje eu não chegava lá Amanhã Pulo da cama bem cedo Antes do galo cantar Pego o bonde da central logo às cinco E não volto sem elas de lá O episódio Que tu perdeu, Guiomar Sinto não dá pra voltar É só falar com a Zizinha Ela há de contar Amanhã Pulo da cama bem cedo Antes do galo cantar Pego o bonde da central Logo às cinco horas, te juro Eu não volto sem elas de lá O episódio Que tu perdeu, Guiomar Sinto não dá pra voltar É só falar com a Zizinha Ela há de contar
3.
05:21
Não posso mais suportar você Brados de guerra entre nós Não vão mais retumbar porque Segunda-feira aposto as calças Que essa fortaleza de cristal  Há de se rebentar  Em pó de amor Mas lhe peço um favor por Deus Guarda teu pranto que um dia Tu vais precisar meu bem E essa tristeza que me navega Liberta essa alma tão cansada  De se conformar Dessa vez  nada vai me fazer voltar Chama que arde ao vento  Só pode apagar mulher Diz pros amigos que eu estou vencido Que essa tua gana deu no saco E agora é hora  De eu me retirar Vou com Deus  E Xangô pra me segurar Reza que quebra quebranto  Só pode ajudar Vou de Kizomba, Jongo, Umbigada Sou carta marcada no terreiro E candongueiro não é de bambear Em nó de amor
4.
Subiu e sacou seu violão Sorriu para os outros um sinal E começou algum samba divinal E dedilhou cada caso em que soava uma ilusão Todo mundo se alegrou Toda alma se esqueceu E brincou até o final Lá no morro amanheceu Quando o grupo disperso Ensacou seu violão Desceu e cruzando a marginal morreu
5.
Cafezal 05:46
Já fazia muito tempo que Rosa andava a chorar e rezar Sempre que eu me aproximava a angústia gritava em seu olhar Mas de noite se entregava em desespero para mim Ao coração dividido ela decidiu então dar fim Sambei ao som dos sussurros abafados do cafezal Sambei ao som da sina dos amantes na noite fatal Senti o gosto doce do seu suor misturado com lágrimas Quando depois de tudo ela me abraçou com suas mãos tão cálidas Ela sussurrou "Eu te amo meu bem, nada é perdido" E desabotoou os últimos botões do seu vestido O soluço e o cheiro de segredo velho nos seus cabelos Foi um samba pra mim e eu dei risada do desespero
6.
Três Apitos 04:58
Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda sem dúvida bem zangada E está interessada Em fingir que não me vê Você que atende ao apito de uma chaminé de barro Porque não atende ao grito tão aflito Da buzina do meu carro Mesmo no inverno sem meias vai pro trabalho Não faz fé com o agasalho Nem no frio você crê Mas você é mesmo artigo que não se imita Quando a fábrica apita Faz reclames de você Nos meus olhos você lê que eu sofro cruelmente Com ciúmes do gerente impertinente Que dá ordens a você Sou do sereno poeta muito soturno Vou virar guarda-noturno E você sabe porque Mas você não sabe que enquanto você faz pano Faço junto do piano Estes versos pra você
7.
Estimo que este maltraçado samba Em estilo rude, na intimidade Vá te encontrar gozando saúde Na mais completa felicidade  (Junto dos teus, confio em Deus) Em vão te procurei  Notícias tuas não encontrei Eu hoje sinto saudades Daqueles dez mil réis que eu te emprestei Beijinhos no cachorrinho Muitos abraços no passarinho Um chute na empregada Porque já se acabou o meu carinho A vida lá em casa está terrível Ando empenhado nas mãos de um judeu O meu coração vive amargurado Pois minha sogra ainda não morreu (Tomou veneno, e quem pagou fui eu) Sem mais, para acabar  Um grande abraço queira aceitar De alguém que está com fome Atrás de algum convite pra jantar Espero que notes bem  Estou agora sem um vintém Podendo, manda-me algum Rio, sete de setembro de trinta e um
8.
Prece 05:03
Deus Quero pedir só um favor Não quero ser pequeno Quero ser gigante Pra ser o primeiro a ver Outro cometa viajando pelo céu E sem ninguém por perto Vou acreditar Que o cometa ao certo era Deus Os pensamento que eu busquei Para colher estrelas Eu pedi carona Para um pé de vento bom Um jardineiro que trabalha pelo ar Me disse que semeia Pelo seu jardim Tudo que olhamos lá do céu Cada presente que eu guardei Eu fui voar tão longe Sons de borboleta Pedaço de lua e mais Algum planeta onde a gente for morar É quase o infinito Todo o céu azul Tudo pra ficar perto de Deus
9.
Acordar e se vestir, dormir para os sonhos. Perceber que é melhor não cair. Minha pele bebe a cor do vestido novo que escolhi e não sabia pôr. Quando o tempo for conduzir a vida espero que saiba se equilibrar. Nas mãos da manhã, brinco de som, pra tudo ser assim quando o tempo for. (Já tô indo, mãe.) Vou descer pra vida. Amores que eu puder levar, diga. Acordar e conhecer. Andar entre os lobos. Pressentir que é melhor não correr (corra). Ser deve ser bom.
10.
Será 02:40
Me ligou ainda ontem Me perguntando se eu esqueci dela Veja só que trela que ela deu Que será que ela pensa Isso é quase ofensa Pra quem lhe deve tanto amor Será... Que ela acorda cantando nas manhãs Em que sonha comigo Será que ela nem liga pro meu amor E sai pelas ruas e praças lançando sua graça Será que ela passa Ou ainda será que me liga e me diz o que diz Só pra me atazanar Mas no fundo ela quer me amar
11.
Lina 04:56
Lina paira no ar Tão certa de estar distante do mundo de ca, Da aridez de ca, Lina quer é rodopiar num céu de magias Dança Lina, No palco da vida Só podes contar consigo mesma como novo par, E num novo passo em falso Podes vir a desabar num chão de agonias Dança Lina, Que é essa a tua sina, Tens que acreditar E as luzes hão de te clarear a cada novo arfar, E as cortinas não vão se fechar até tua saída Dançarina
12.
Meu rei Meu pai de lei  Sempre me ensinou  Do brilho de ser cantador "Violo no peito é como semente  É rima na goela que sai de repente Qual chorinho de cavaco  Ou ponteio de bordão É o seu clamor de guerra e paz" Kao Meu pai Xango Sempre me ensinou  Que a luta de ser tocador Tá em mexer na tristeza da gente Que som bom é som triste Com "q" de contente E tem de ser firme e certeiro Qual batuque de terreiro Pra vingar muita saudade Que arte é vento e tempestade Atrás de um peito que se farte de chorar De querer se lamentar  Mas de querer se levantar  Mais uma vez Ai, quem me diz  De que mais se precisa pra ser feliz? Eu durmo em casa emprestada Eu faço compra fiada  Sou artista da madrugada Cansei de ser valente Isso tudo, nossa gente Minha luta é com a semente e só

about

This album is an independent project by Telecoteco and has been in progress since December/2011.

credits

released May 14, 2014

Recorded in Cajueiro Audio (Campinas, SP) from December 2011 until December 2013.
Produced by Telecoteco
Recorded and mixed by Mauricio Cajueiro
Mastered by André Mais
Art by Ots

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Telecoteco Campinas, Brazil

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